Dados compilados pela plataforma Worldometer, referência em estatísticas sobre saúde e população global, apontam que mais de 45,1 milhões de abortos foram realizados mundialmente entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2024.
A estimativa considera dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O número de abortos realizados em 2024 superou o total registrado nos anos de 2022 e 2023, quando foram contabilizados 44,3 e 44,6 milhões de interrupções de gravidez, respectivamente.
De acordo com os dados, o aborto é a principal causa de morte no mundo pelo quinto ano consecutivo, superando enfermidades como doenças transmissíveis, câncer e mortes causadas pelo tabagismo.
Essa estatística destaca a magnitude do número de interrupções de gravidez no contexto mundial.
PEC 164/12
No Brasil, a discussão sobre o tema ganhou novos desdobramentos em 2024. Em novembro, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 164/12.
O texto, de autoria dos ex-deputados Eduardo Cunha (RJ) e João Campos (GO), propõe reconhecer o direito à vida desde a concepção, impedindo a prática do aborto nas situações hoje permitidas por lei.
Atualmente, o aborto no Brasil é permitido apenas em três circunstâncias: risco de morte para a gestante, gravidez resultante de estupro e casos de anencefalia fetal. A PEC 164/12 segue para análise de uma comissão especial, ainda sem data definida para o início dos trabalhos.
Pesquisas recentes indicam que 70% da população brasileira é contrária à legalização do aborto, conforme levantamento realizado pelo IPEC (antigo Ibope). Esses números reforçam a compreensão que o brasileiro, em ampla maioria, adota valores conservadores.
FONTE : Gospel Mais