10 de janeiro de 2025 - 18:53

Debaixo do Hamas e AP, população cristã em Gaza beira o extermínio

A população cristã sofreu uma redução de até 90% em regiões administradas pela Autoridade Palestina (AP) e pelo Hamas, de acordo com um estudo recente.

O relatório atribui o declínio a fatores como violência, discriminação e dificuldades econômicas, colocando em risco a continuidade do cristianismo em locais historicamente importantes.

Ao longo do último século, a porcentagem de cristãos na Palestina caiu drasticamente: em 1922, eles representavam 11% da população, já em 2024, o número caiu para apenas 1%, conforme dados da entidade israelense Jerusalem Center for Security and Foreign Affairs (JCFA).

O relatório, conduzido pelo tenente-coronel Maurice Hirsch e pela advogada Tirza Shorr, afirma que a comunidade cristã enfrenta opressão sistêmica, frequentemente ignorada pela comunidade internacional: “Incidentes de ódio raramente são reportados por medo de represálias, criando uma imagem distorcida da situação”, destaca o texto.

Impactos Locais

Em Gaza, o número de cristãos caiu de 5.000 pessoas antes de 2007, quando o Hamas assumiu o controle, para cerca de 1.000 em 2023. Em Belém, onde os cristãos eram 86% da população em 1950, o percentual caiu para 10% em 2017.

Dificuldades socioeconômicas, discriminação e assédio são apontados como os principais fatores para o êxodo. Casos específicos também exemplificam a gravidade da situação:

  • Beit Sahour, 2022: Ataque à Forefathers Orthodox Church deixou vários fiéis feridos após um episódio de assédio a mulheres cristãs.
  • Bethlehem Hotel, 2022: Propriedade cristã foi alvo de ataque por um atirador, sem prisões realizadas.

Além disso, barreiras no emprego e discriminação legal levam muitos cristãos a emigrar. Um estudo de 2022 mostrou que cristãos em Gaza têm o dobro da intenção de deixar o território em comparação com muçulmanos locais.

Coerção

Os cristãos enfrentam desafios ao praticar sua fé, como vandalismo em igrejas e pressão extrema sobre convertidos do islamismo. Em Gaza, a prática cristã frequentemente ocorre de maneira clandestina devido a ameaças de violência.

Desde que o Hamas assumiu Gaza, os cristãos enfrentam crescente discriminação e dificuldades econômicas. A instabilidade e a falta de proteção legal tornam suas condições de vida insustentáveis, contribuindo para a emigração em massa.

O JCFA alerta que a sobrevivência do cristianismo em seus locais de origem depende de maior conscientização e ação internacional: “O silêncio fortalece os perpetradores e abandona as vítimas”, conclui o relatório, segundo informações do portal The Christian Post.

FONTE : Gospel Mais

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