Do século 16 ao 19, o Brasil recebeu cerca de 5 milhões de africanos escravizados, mais do que qualquer outro país. A maioria foi transportada à força, em condições desumanas, de Angola, no oeste da África, a bordo de navios portugueses.
Os organizadores de “A Grande Travessia” estão buscando fretar um navio de cruzeiro para partir de Santos e fazer escala no Rio de Janeiro e em Salvador antes de seguir para Luanda, capital de Angola.
Dagoberto José Fonseca, de 63 anos, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), é o idealizador do cruzeiro, que está planejado para o período de 1 a 21 de dezembro de 2025.
“Nós queremos retomar as rotas marítimas do passado no presente e construir um outro futuro em relação a essas rotas marítimas, para que a gente entenda que Angola é aquele lugar do mundo que mais pessoas (escravizadas) vieram e construíram esse Brasil que nós temos hoje”, disse ele.
Fonseca tem conversado com autoridades angolanas e brasileiras, que apoiam a iniciativa, e com empresas de cruzeiros. Será necessário apoio financeiro para fretar o navio de cruzeiro.
Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, afirmou que o projeto está alinhado com o programa governamental “Rotas Negras”, que promove o turismo que valoriza a história e a cultura afro-brasileira.
noticia por : UOL